Atualmente a Organização das Nações Unidas trabalha no mundo inteiro com diversos sub-setores responsáveis por administrar crises sociais. Em um comunicado feito na última semana, o Grupo Mulheres da ONU, anunciou que usará transferência blockchain para ajudar refugiados na Jordânia.
Carteiras digitais administradas com os olhos
O projeto foca cerca de 115 mil pessoas que estão em situação de refúgio nos campos de Zaatari e Azraq, e será o responsável por fazer chegar ajuda financeira para todos através de transferência blockchain de valores por meio de carteiras digitais únicas.
Cada mulher participante terá acesso à uma carteira criptografada vinculada aos padrões da sua retina, tornando impossível que alguém tente hackear ou clonar esse dinheiro digital. Então, à partir disso as pessoas terão acesso ao dinheiro que poderá ser usado para comprar mantimentos durante o mês.
Por questões culturais, é muito difícil que mulheres consigam independência financeira nessas regiões, problema agravado pela situação de refúgio. O sistema de transferência blockchain implementado pela ONU nessas circunstâncias chega em um momento importante para que essas pessoas possam se manter com o dinheiro sem a necessidade da regulação de terceiros, como bancos ou casas de crédito.
ONU já usou transferência blockchain para ajudar refugiados
O sistema apelidado de “Building Blocks”, já foi utilizado em outros braços da ONU em parceria com a WFP (World Food Program), quando cerca de 70 mil refugiados da região de Za’atari conseguiram comprar comida usando a leitura de seus olhos como pagamento, sem a necessidade de dinheiro físico ou cartões.
Em momentos delicados como esses é necessário dar suporte para que esses enormes grupos de pessoas não alcancem índices cada vez piores em qualidade de vida e educação. Além da ajuda financeira através do programa, o Grupo de Mulheres da ONU está oferecendo seminários semanalmente para instruir as mulheres financeiramente.
Lá elas aprendem de maneira simples como podem acompanhar seu histórico de compras e analisar seus gastos recentes registrados no “Building Blocks”.
No final do mês de Setembro a ONU deverá realizar estudos mais aprofundados sobre como ampliar esse tipo de programa para beneficiar pessoas vivendo outros problemas pelo mundo, como a crise hídrica na África.
Fonte:
Cointelegraph