Entre diferentes realizações e desenvolvimentos dentro do Blockchain, o mais interessante é o do sistema financeiro descentralizado. Com ele, os usuários vão poder acessar serviços resistentes à censura enquanto mantém seus dados e seus valores. E tudo será aberto, sem permissão de uma central.
A essência transparente do Blockchain está mantida e sem precedentes nos acordos financeiros. Todos serão arbitrados por contratos inteligentes que serão executados normalmente, sem o risco de variedades, existente nas transações integrais. Haverá também a redução dos custos associados para criação de novos serviços.
E promete revolucionar o mercado financeiro.
O sistema financeiro atual
Investidores sabem o quão cruciais para a economia são os serviços financeiros. Além de permitirem troca de valor e armazenamento, há os cartões e aplicações que possibilitam usar nosso dinheiro, seja gastando ou economizando. Essas e outras funções são a essência de termos funções econômicas, algo muito valioso para o mercado.
Mas, mesmo com as facilitações e todo o valor total do mercado, o setor de serviços financeiros ainda é cheio de problemas. E muitos decorrentes deles serem controlados e fornecidos por uma parte central. Ou seja, são centralizados.
No sistema atual, uma única entidade consegue escolher até que ponto ela fornecerá esses serviços e para quem. Isso não está ligado apenas a qualidade degradada do serviço, mas sim a uma influência desproporcional sobre quem pode ter o direito de usar essas ferramentas básicas.
Will Warren, fundador do 0xProject, alegou que o sistema de hoje é igual a uma loteria geográfica. No caso, você tem a sorte de nascer em um país desenvolvimento ou em um lugar que não é.
Os serviços financeiros centralizados de hoje apresentam quatro armadilhas no mercado: Acesso desigual, censura, risco de contrapartida e falta de transparência.
Em vários lugares do mundo, como África e Oriente Médio, milhares de cidadãos não possuem conta bancária. Isso porque não compensa ao banco pelo baixo nível de renda, pouco conhecimento financeiro e um pequeno mercado geral. Essas características levam o mercado a ter altas taxas e um sistema burocrático não funcional.
O resultado é a estagnação no desenvolvimento econômico.
Além da censura, o sistema é opaco. Grande instituições mascaram ofertas aos consumidores e muitas vezes se envolvem em negócios duvidosos às custas do cidadão.
A chegada do Bitcoin
Com toda a bagunça do mercado, a chegada da criptomoeda permitiu seus usuários se tornarem auto-soberanos. Até sua criação, não havia opções de custódia total dos fundos. Todo o valor era armazenado digitalmente e representada por uma entrada em um banco de dados. Ou por meio de instrumento físico.
O Bitcoin também deu a capacidade de validação de transações sem uma parte central.
Junto com essa criptomoeda, vieram as plataformas. Como a do Ethereum, por exemplo, que aplicou princípios semelhantes à computação. Isso permitiu que qualquer um executasse um aplicativo sem medo de censura. Desenvolvedores o utilizam para criação de contratos inteligentes e códigos auto-executáveis.
A plataforma conta com uma rede descentralizada de mineradores e os contratos, além de serem realizados sem um terceiro, são úteis para tornar os acordos financeiros programáveis. Funções como financiamento de risco, empréstimos e compras de seguros podem ser executados através dos contratos.
Enfim, o sistema financeiro descentralizado
Com o estabelecimento das criptomoedas, ficou claro que o setor financeiro sofreria mudanças significativas. Mas, desde tempos atrás, o maior obstáculo da digitalização é a confiança nos ambientes digitais.
As novas redes com sistema financeiro descentralizado representam uma transformação. Mas é necessário esclarecer que esse novo sistema não é para todos. O principal é que sua existência fornece a opção de participar de um sistema que mantém um nível de segurança financeira, sem depender de uma parte central. Contudo, o valor ainda é alto.
Ainda assim, há cinco pontos que comprovam a superioridade do sistema financeiro descentralizado baseado em Blockchain:
- Permissão: qualquer um é capaz de acessar redes financeira descentralizadas com internet. E nenhum indivíduo pode ser negado.
- Censura resistente: nenhuma parte é capaz de reverter a ordem das transações ou desativar o serviço.
- Confiável: usuários não precisam de uma parte central para garantir validações.
- Transparência: Blockchains públicos são transparentes e auditáveis, todos os aspectos de uma troca financeira são disponibilizados.
- Programável: desenvolvedores podem criar e interligar serviços financeiros com baixo custo.
Algumas infraestruturas ainda seguem em desenvolvimento. O primeiro passo é criar protocolos para alimentar o sistema. O plano, no caso, passa a ser construir todo o sistema desde o começo, mas em características descentralizadas.
Futuramente, usuários poderão emitir qualquer valor como um ativo simbólico, que pode ser comprado e vendido de forma livre. Este valor será ligado a um ativo físico. Então, os usuários poderão vender de forma transparente e se proteger contra qualquer mudança de preços.
Com a descentralização, a relação custo e eficácia permitirá alcançar um nível de granularidade financeira nunca antes vista. E vários primitivos financeiros poderão melhorar ainda mais os recursos do sistema financeiro descentralizado. Mas isso trataremos em outro texto.
Leia também: Blockchain para acabar com a fome no mundo!